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O anúncio da Academia Brasileira de Ciências (ABC) não poderia vir em melhor momento para os povos indigenas, em especial para os Yanomami.
Em 3 de dezembro, após Assembleia Geral Ordinária, a diretoria da instituição divulgou o resultado das eleições para membros titulares (43% são mulheres), correspondentes, colaboradores e afiliados (46,7% são mulheres).
E, entre os eleitos, está uma das maiores e mais influentes lideranças indígenas do Brasil e do povo Yanomami: o xamã Davi Kopenawa.
Agora, ele faz parte do quadro da Academia, como um dos membros colaboradores que, de acordo com a instituição, são “personalidades que tenham prestado relevantes serviços à instituição ou ao desenvolvimento cientifico nacional“.
Kopenawa foi escolhido para integrar esse grupo juntamente com o professor e cientista político Abílio Baeta Neves, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Os eleitos tomam posse em 1o de janeiro e devem receber seus diplomas durante a Reunião Magna da ABC 2021.
As cerimônias de posse sempre aconteceram associadas a simpósios científicos, em cada região, quando os indicados apresentavam suas pesquisas. Mas, devido à pandemia da covid-19, os encontros presenciais estão suspensos.
Como as restrições de contato continuarão valendo no próximo ano, certamente tudo será feito de forma virtual, mas a diretoria da instituição disse que está avaliando a situação para decidir a melhor configuração.
Integrar o corpo de membros da Associação Brasileira da Ciência é um reconhecimento importante da sociedade científica, um marco nestes tempos tão sombrios.
Representa, a valorização da sabedoria ancestral e também a possibilidade de renovação para o pensamento científico! Um novo olhar da ciência para os povos originários. E vice-versa.
Foto: Cláudia Andujar.
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